A literatura e o esporte, à primeira vista, podem parecer mundos distantes. No entanto, muitos escritores renomados têm uma ligação íntima com o universo esportivo. A combinação dessas duas paixões pode proporcionar narrativas ricas e envolventes. Neste artigo, exploramos alguns escritores que possuem um passado esportivo e como essa experiência influenciou suas obras.
Haruki Murakami é um dos mais aclamados escritores contemporâneos, conhecido por obras como "Norwegian Wood" e "Kafka à Beira-Mar". Antes de se dedicar à literatura, Murakami era proprietário de um clube de jazz em Tóquio. No entanto, uma paixão menos conhecida é a sua dedicação à corrida de longa distância. Murakami começou a correr aos 33 anos e participou de diversas maratonas e ultramaratonas. Em seu livro "Do que eu falo quando eu falo de corrida", Murakami descreve como a disciplina e a resistência adquiridas no esporte influenciam diretamente sua escrita, ajudando-o a manter a consistência e a disciplina necessárias para escrever romances complexos.
Outro grande nome da literatura que teve uma forte ligação com o esporte é Ernest Hemingway. Autor de clássicos como "O Velho e o Mar" e "Por Quem os Sinos Dobram", Hemingway era um ávido praticante de diversas atividades esportivas, incluindo boxe, pesca esportiva e caça. A sua experiência no boxe, por exemplo, não apenas o ajudou a desenvolver uma escrita direta e contundente, mas também forneceu material para suas histórias. Sua paixão pelo risco e pela aventura é evidente em muitos de seus trabalhos, onde o tema da coragem diante do perigo é recorrente.
John Irving é outro exemplo de um escritor cuja carreira foi profundamente influenciada pelo esporte. Autor de "O Mundo Segundo Garp" e "As Regras da Casa de Sidra", Irving foi um lutador competitivo durante sua juventude e até treinou luta livre na Universidade de Iowa. A luta livre é um tema central em muitos de seus romances, onde ele explora as complexidades das relações humanas e a busca pela identidade através das metáforas esportivas. A resiliência e a determinação exigidas no esporte são refletidas nos personagens complexos que ele cria.
Embora menos conhecida por seu envolvimento direto com esportes, J.K. Rowling criou um dos esportes fictícios mais icônicos da literatura: o Quadribol. No universo de Harry Potter, o Quadribol é um esporte que combina elementos de rugby, futebol e vôlei, jogado em vassouras voadoras. A criação desse esporte fictício não apenas adiciona uma camada de profundidade ao mundo mágico, mas também reflete a habilidade de Rowling em usar elementos esportivos para explorar temas de competição, trabalho em equipe e perseverança.
Julian Barnes, autor de "O Papagaio de Flaubert" e "O Sentido de um Fim", também possui um passado esportivo, tendo sido um ciclista ávido. Em seus ensaios e memórias, Barnes frequentemente menciona como o ciclismo não só proporcionou uma fuga do cotidiano, mas também inspirou reflexões profundas sobre a vida e a morte, temas recorrentes em suas obras. A liberdade e a meditação encontradas durante longas pedaladas se traduzem em uma prosa introspectiva e filosófica.
Agatha Christie
A maior escritora de histórias investigativas foi uma das pioneiras do surf na Inglaterra, em plena década de 1920! Agatha ajudou a disseminar o esporte no território inglês, e se tronou uma das primeiras mulheres a ficar em pé em uma prancha. Agatha chegou até a viajar o mundo pegando carona, dá para imaginar? Leia: E Não Sobrou Nenhum, originalmente publicado em 1939.
Albert Camus
Se você é do time que acha que jogador de futebol não entende de mais nada, prepare-se para se surpreender. O autor francês Albert Camus, ganhador de um prêmio Nobel de Literatura em 1957 foi jogador de futebol do time da Argélia. Camus só deixou a carreira de jogador de futebol de lado por causa de um caso grave de tuberculose. Leia: O Mito de Sísifo.
Chico Buarque
Outro grande escritor que também já jogou futebol foi o brasileiro Chico Buarque. Chico chegou a ser treinado por ninguém menos que Luiz Felipe Scolari, e já jogou ao lado de Zidane e Garrincha.
F. Scott Fitzgerald
Um grande esportista que entra em uma das melhores universidades do país se decepciona ao ser deixado no banco de reservas. Poderia ser uma sinopse de um livro, mas é como Fitzgerald se tornou um escritor. Frustrado por não ter ido além dos bancos de reserva, o autor estudou profundamente o futebol americano se tornando um excelente estrategista que chegou a trabalhar com o mesmo treinador que o esnobou em campo. Leia: Suave é a Noite, originalmente publicado em 1934.
J.R.Tolkien
Se você é fã do universo fantástico criado por Tolkine, agradeça ao tênis! Pois O Hobbit e O Senhor dos Anéis só existem graças à uma lesão que Tolkien teve em um dos tornozelos, enquanto jogava uma partida de tênis. Dizem que entediado por não poder jogar, Tolkien resolveu se aventurar em escrever romances. Leia: O Hobbit.
Paulo Coelho
O escritor brasileiro mais famoso mundialmente é um adepto do esporte de arco e flecha. Paulo Coelho diz praticar o esporte religiosamente todos os dias, e que faz parte de seu ritual para “aprofundar as ideias”, em suas palavras. Leia: Como Um Rio que Fui.
Esses exemplos demonstram que a ligação entre o esporte e a literatura pode ser uma fonte rica de inspiração e disciplina. A prática esportiva não só molda o caráter dos escritores, mas também enriquece suas narrativas, proporcionando experiências e perspectivas únicas.
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